quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

ÉMILE DURKHEIM

AUTORES CLÁSSICOS DO PENSAMENTO SOCIOLÓGICO

Émile Durkheim (1858 a 1917)

Quem foi: Apontado como um dos três principais teóricos da Sociologia, formulou as primeiras orientações no âmbito da Ciência Sociológica, demonstrou que os fatos sociais tem características próprias e que a sociologia é o estudo dos fatos sociais.

Vida de Émile Durkheim: Descendente de judeu, nasceu em 1858 na cidade de Epinal na França, concluiu os estudos superiores em Paris e passou a ensinar filosofia em 1882, aprofundou-se no estudo das obras de Herbert Spencer e Alfred Espinas passando a influenciar em suas obras, assim como laboratório de Psicologia experimental de Leipzig, na Alemanha e em 15 de novembro de 1917, faleceu em Paris.

Durkheim e a Sociedade: Para Durkheim, a sociedade prevalece sobre o indivíduo e se define como um conjunto de normas de ação, pensamento e sentimento que não existem apenas na consciência dos indivíduos, são construídos, também fora das consciências individuais. Um exemplo, são as leis, que já existem quando o indivíduo nasce, as quais organizam a vida em conjunto na sociedade.

Durkheim e o Objeto de Estudo da Sociologia: Para Durkheim, o objeto de estudo da sociologia são os fatos sociais.

O Que São Fatos Sociais: São as regras e normas coletivas que orientam a vida do indivíduo em sociedade.

Características Básicas do Fato Social: A exterioridade, a coercitividade e a generalidade são as três características que permitem identificar o fato social na realidade.

Exterioridade: São ideias, normas ou regras de conduta que não são criadas isoladamente pelos indivíduos e sim pela coletividade e já existem fora deles quando eles nascem. Exemplo: educação.

Coercitividade: É o poder de coerção, imposição que as ideias, normas ou regras de conduta tem sobre os indivíduos, independente de suas vontades. Exemplo: Ao não votarmos para os candidatos a Vereador, Prefeito, Deputado, Governador ou Presidente da República, no Brasil, temos sanções como pagarmos multa ou até não ter acesso a emprego.

Generalidade: O conjunto das maneiras de agir, pensar e sentir que constitui a consciência coletiva, é característica geral de determinado grupo social ou de determinada sociedade, dando-lhe feição particular e permitindo a distinção do grupo em relação a outro ou de uma sociedade em relação à outra sociedade. Exemplo: analise das distinções entre a postura do grupo social ao tomar o café da manhã no Ceará e no Rio Grande do Sul; analise da diferença da educação na sociedade boliviana e na sociedade brasileira.


Diferença entre Durkheim e Karl Marx em Relação à Visão de Sociedade:

Enquanto, para Karl Marx, a contradição e o conflito são os elementos essenciais da sociedade, para Durkheim, os elementos essenciais da sociedade são a coesão, integração e a manutenção. Para ele, o conflito só existe quando há ausência ou insuficiência de normas sociais ou pela falta de instituições que regulamentem estas normas sociais.

As Obras de Émile Durkheim:

1 – Da divisão do trabalho social: publicada em 1893, faz uma analise das funções sociais do trabalho na sociedade e tenta mostrar que a divisão do trabalho na modernidade é a fonte principal de coesão ou solidariedade social.

2 – As regras do método sociológico: publicado em 1895, procura estabelecer a sociologia como a nova Ciência social com um objeto específico de estudo, o fato social e um método científico.

3 – O suicídio: publicado em 1897, é um estudo de caso de suicídio, onde é feita as conexões entre os indivíduos e a sociedade.

4 – As formas elementares da vida religiosa: publicada em 1912, é uma análise da religião como fenômeno social, usando as religiões de tribos australianas.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

BRASIL COLONIA (1500 a 1808)

A ECONOMIA DO BRASIL COLÔNIA

1 – Período Pré-Colonial (1500 a 1530)

Ciclo do Pau-Brasil: Foi a primeira atividade econômica do Brasil e a primeira devastação ao meio ambiente brasileiro, com a derrubada desordenada da árvore por cerca de 320 anos, até desaparecer do litoral. Durante o ciclo do Pau-Brasil foi utilizado a mão-de-obra indígena e o pagamento se dava através do escambo.

2 – Período Colonial (1530 a 1808)

Ciclo da cana-de-açúcar: A cana-de-açúcar foi trazido para a Colônia por Martin Afonso de Sousa que instalou o primeiro engenho na Capitania de São Vicente em 1532. Embora no final do século XVI já houvesse engenho no litoral de São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo, foi no Nordeste que a cana-de-açúcar obteve grande êxito. O primeiro engenho do Nordeste foi instalado em 1542 na Capitania de Pernambuco, no final do século XVI já havia 115 engenhos. A escolha da cana-de-açúcar para a colônia se deu porque Portugal já tinha experiência do cultivo da planta nas ilhas do Oceano Atlântico, além disso, o açúcar era um produto de grande aceitação no mercado europeu, era um artigo raro e de muita procura, servindo até de dote.

O Capital para a Produção do Açúcar: Devido a falta de recursos para manter a indústria açucareira no Brasil, Portugal manteve a sociedade com os holandeses nas ilhas atlânticas, Portugal ficaria encarregado de produzir e transportar o açúcar da Colônia até o país e os holandeses ficariam responsáveis pelo financiamento dos engenhos, pelo transporte do açúcar de Portugal à Holanda, pelo refino e colocação do produto no mercado. Com isso, os holandeses ficariam com os maiores lucros da indústria açucareira.

A Mão-de-obra da Cana-de-açúcar: A economia açucareira exigia vasta mão-de-obra, diante disso, Portugal passou a trazer escravos negros do continente africano, adquiridos em forma de escambo. No último quartel do século XVI, foram trazidos 50 mil escravos principalmente para Pernambuco e Bahia, vinha em sua maioria da Guiné e África Ocidental. A partir de 1600, passou a vir 8 mil escravos por ano, vinha também de Angola e do Reino do Congo e integravam dois grandes grupos, os bantos e sudaneses. Ao chegarem ao Brasil, os escravos eram enviados aos armazéns onde eram negociados para trabalharem na plantação da cana-de-açúcar. Nos engenhos os escravos trabalhavam até 18 horas por dia, alimentavam-se de comida de péssima qualidade e convivendo com a violência, ao demonstrar sinais de cansaço, cometer furto, tentar fugir ou se rebelar. A media de vida de um escravo chegava a 10 anos, em 2 anos o proprietário retirava a despesa de sua compra, o restante era lucro.

Organização Social Colonial Açucareira: Além de escravista, era rural e patriarcal. A sociedade colonial açucareira possuía dois grupos sociais básicos e opostos entre si, o grupo dos Senhores e o grupo dos Escravos.

Grupo dos Senhores de Engenho: Era constituído do proprietário das terras, dos engenhos, do gado e dos escravos.

Grupo dos Escravos: Eram comprados, vendidos, alugados e trocados. Não possuíam nada e não eram donos nem de si mesmos.



Outros Grupos Sociais na Sociedade Açucareira:

Trabalhadores Livres e Assalariados: Feitor, mestre do açúcar, purgador, carpinteiro.

Agregados: Faziam todo tipo de serviço em troca de comida e moradia.

O Papel da Mulher

Mulher Branca: Era educada para ser esposa e mãe. A filha, Sinhazinha, devia se casar entre 15 e 17 anos, devia aprender e costurar, bordar e a fazer doces. Somente podia sair de casa acompanhada do pai e da mãe. Não sabia ler e nem escrever.

Mulher Negra: Escravizada, não era dona do seu próprio corpo, era utilizada nos serviços domésticos, como ama-de-leite, sofria a degradação da sua sexualidade ao ser constantemente seviciada e pela exclusão.

Ciclo do Ouro:

Desde a chegada ao Brasil em 1500 que os portugueses sonhavam em encontrar ouro na Colônia. Finalmente em 1693, os bandeirantes localizaram o metal na área hoje é denominada Minas Gerais. Foi grande o afluxo de pessoas para a região, esvaziando muitas cidades e vilas e até engenhos do Nordeste.
A exploração do ouro e diamante foram responsáveis pelos rumos da Colônia na interiorização e no desenvolvimento urbano, através do surgimento de vilas e povoados nas regiões mineradoras, provocando a diversificação profissional na região.
O Governo de Portugal passou a regulamentar a exploração do ouro, proporcionando a concentração do metal nas mãos de poucas pessoas, assim como criou impostos destacando-se o quinto e a capitação. O quinto estabelecia que 20% do ouro extraído na Colônia e fundido nas casas de fundição pertenciam ao rei de Portugal e a capitação estabelecia uma taxa a pagar à coroa por cada escravo na exploração das minas.
Os tributos chegaram a provocar revolta contra a coroa portuguesa, como a de Vila Rica em 1720.
Em 1729, foi descoberta a existência de diamante nas Minas Gerais, sendo imediatamente decretado como monopólio da coroa portuguesa.
Diante da riqueza de Minas Gerais, o Governo de Portugal passou a gastar muita riqueza em ostentação, no entanto, a partir da segunda metade do século XVIII, a exploração de ouro começava a escassear, levando a coroa portuguesa a aumentar mais a arrecadação de impostos, gerando insatisfação na área das Minas Gerais.
O esgotamento das jazidas, associado à inexistência de técnicas apropriadas de mineração, foram os responsáveis pela decadência do ouro no final do século XVIII.

Outros Produtos da Economia Colonial:

Fumo: Embora tenha ocupado uma posição secundária na economia colonial, sua plantação e exportação partiam do Nordeste e era utilizado como produto para troca pelo escravo na África, juntamente com a aguardente.

Algodão: Desenvolveu-se no Nordeste, em especial no Maranhão, progrediu com a crise nos Estados Unidos, devido à independência dos EUA e por ser matéria prima da indústria têxtil da Inglaterra.

Pecuária: Enquanto no Nordeste constituía uma atividade econômica independente da indústria açucareira, no sul do país, era subsidiária da mineração.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

HISTÓRIA DO BRASIL: PERÍODO 1945 a 1964

4.1. HISTÓRIA DO BRASIL: PERÍODO DE 1945 A 1964

História Política – República Populista

O que foi; Período compreendido pelo fim do Estado Novo, em 1945 e o Golpe Militar que depôs o Presidente João Goulart em 1945.

O que foi o Populismo: Fenômeno Político do Pós-Guerra surgido na América Latina, tendo como uma das principais características atingir regiões de grande desenvolvimento industrial com melhorias salariais e garantias trabalhistas, através de líderes carismáticos, com grande popularidade e habilidade em lidar com os anseios sociais das massas.

1º Período Populista: 1945 a 1956: Após as eleições de dezembro de 1945, com 55% dos votos para o candidato do PSD e PTB, General Eurico Gaspar Dutra e 33% para o candidato Brigadeiro Eduardo Gomes, de UDN, houve a posse de Dutra em 31/01/1946 e a promulgação da nova constituição em setembro de 1946, ficou o tempo de 5 anos para o mandato presidencial, extinguiu a pena de morte e incorporou a consolidação das Leis Trabalhistas à nova carta.

Governo Dutra: (1946 a 1950)
- Regulamentou direito de greve, porém proibia em setores essenciais de serviços à população.
- Caracterizou-se pela grande aproximação dos setores das elites da sociedade e distanciamento das massas populares.
- Alinhava-se aos Estados Unidos na Guerra Fria perseguindo os comunistas brasileiros e rompeu relações diplomáticas com a União Soviética.
- Determinou o fechamento dos cassinos e proibiu o jogo do bicho.
- Adotou o modelo econômico liberal.
- Promoveu a importação desenfreada de bens de consumo.
- Criou o plano de metas e de programação de investimentos nas áreas de saúde, alimentação, transporte, energia, o Plano SALTE.

Governo de Getúlio Vargas (1950 a 1954): após as eleições de 1950, o candidato Getúlio Vargas do PTB e PSP foi eleito com 49% dos votos, tomou posse em 31/01/1950 para um mandato de 5 anos, até 30/01/1956, no entanto, em 24/08/1954, Getúlio Vargas, suicidou-se com um tiro no coração.
- Sentia dificuldades para governar.
- Tentou atrair a oposição para seu governo, sem sucesso.
- A política econômica do seu governo, uma parte defendia a política nacionalista e era apoiada pelo Exército, na burguesia e nas camadas populares. A outra parte, denominada de entreguista, defendia um projeto de desenvolvimento econômico baseado na associação com capital estrangeiro, baseado na liberdade empresarial e menor intervenção do Estado na economia apoiado por parte da burguesia, segmentos civis e militares do governo e setores de classe média e também contava com o apoio dos EUA.
- Getúlio teve dificuldade de atender os interesses das massas trabalhadoras devido à necessidade de manter alianças políticas com as elites.
- Criou o Plano Nacional de Reaproveitamento Econômico Plano Lafer para desenvolver siderúrgica, produção de energia, transporte, e agricultura.
- Recusou enviar tropas para a Guerra da Coréia, desagregando os EUA.
- Nacionalizou a produção de petróleo, criando a PETROBRÁS em 1953, contrariando o interesse dos EUA em manter o petróleo nas mãos de empresas norte-americanas.
- Em 1º de maio de 1954 deu aumento de 100% ao salário mínimo.
- Acusado de atentado contra o opositor Carlos Lacerda que atingiu mortalmente o major da aeronáutica Rubens Florentino Vaz, fez com que os oficiais e 37 generais das forças armadas assinassem um manifesto exigindo a sua renuncia, em 23/08/1954.
- Em 23 de agosto de 1954, Getúlio Vargas se suicidou em seus aposentos no Palácio do Catete, no Rio de Janeiro aos 72 anos.
- No dia 24 de agosto de 1954, assumiu o vice-presidente Café Filho que assumiu o governo com os conservadores até cumprir o restante do mandato em janeiro de 1956.

MOVIMENTO NEGRO

MOVIMENTO NEGRO


O que é: Conjunto de diversos movimentos sociais afrodescendentes que lutam com o objetivo de resolver seus problemas na sociedade, em particular os provenientes do preconceito e da discriminação. A população negra brasileira chegou ao século XXI sem o mesmo padrão de vida e sem as mesmas oportunidades da população considerada branca. Tanto sua ascensão econômica como o exercício de seus direitos ainda são restritos pela dificuldade de acesso à educação, saúde e ao mercado de trabalho.


HISTÓRICO DO MOVIMENTO NEGRO

De 1538 a 1888: Estima-se que de 3,5 milhões a 4 milhões de negros foram trazidos da África para o Brasil, escravizados, como força de trabalho. Neste período havia o Movimento de Resistência Negra contra a escravidão e se manifestou através da quilombolagem e o bandoleirismo. O quilombo constituía de um povoado de 7 quarteirões feito de palhoças, para abrigamento de escravos fugidos, chegando a acolher índios ameaçados de extermínio e brancos perseguidos e injustiçado da sociedade escravocrata. O bandoleirismo se organizava para promover guerrilha de grupos de escravos fugidos para atacar povoados e viajantes nas estradas.

De 1888 a 1936: Após a abolição da escravatura os grupos negros se incorporam aos diversos movimentos populares, como o de Canudos e da Revolta da Chibata. No âmbito cultural, surgiram as primeiras manifestações como o samba e grupos teatrais negros, como a Companhia Negra de Revista, em 1927 e a Companhia Batata Preta, em 1928, que tratavam a mistura de raças como a essência da alma brasileira. Em 1931, nasceu a Frente Negra Brasileira – FNB de ideologia eclética e foi à primeira organização a desenvolver o mito da democracia racial brasileira.

De 1937 a 1964: Em 1937 a ditadura de Getúlio Vargas passou a reprimir o movimento negro extinguindo a Frente Negra Brasileira. Somente em 1941 o movimento negro voltou a se manifestar com a fundação do Teatro Experimental Negro – TEM, através de Abdias Nascimento, antigo membro da FBN. Em 1945 foi fundado o Comitê Democrático Afro-brasileiro, dando início à discussão na esfera política sobre o acesso do negro à educação, sobre os direitos trabalhistas e a necessidade de implementar a reparação pelos anos da marginalização sofrida pelos afrodescendentes. A partir de 1950, o movimento negro inicia sua rearticulação com a fundação em 1954, da Associação Cultural Negra – ACN, surgindo como movimento de reivindicação ideológica.

De 1964 a 1985: A ditadura militar inviabilizou as manifestações de cunho racial e passou a utilizar do mito da democracia racial em propaganda oficial. Na década de 1970, o movimento negro norteamericano, a oposição de esquerda à ditadura militar no Brasil e a luta anticolonialista dos países africanos de língua portuguesa, inspiraram o movimento negro brasileiro a consolidar seu projeto reivindicativo e atingir o auge, nomeando Zumbi dos Palmares, como o herói da resistência negra e instituiu o dia 20 de novembro como o dia nacional da Consciência Negra. Em 1978, diversos grupos do movimento negro fundaram o Movimento Negro Unificado – MNU, tendo como bandeira o reconhecimento dos seus direitos e pela criminalização do racismo. O MNU foi o começo de uma nova fase de luta dos negros por seus direitos, deixando de ser apenas manifestação cultural ou articulação isolada contra a desigualdade racial, para se tornar movimento social politizado.

De 1988 a 2000: Neste período houve avanços nas lutas institucionais do movimento negro, contra o racismo e uma maior aceitação da sociedade em relação ao assunto, como conseqüência dos avanços foi criada em 1998, a Lei 4370 que estabelece cotas para artistas negros em filmes.

De 2001 a 2012: Uma nova fase vem se abrindo no movimento negro, com a entrada em cena do movimento cultural hip-hop, expressando a rebeldia da juventude afrodescendente. A nível institucional, em 2001, o Brasil participou da Conferência Mundial Contra o Racismo, Discriminação Racial, Xenofobia e Intolerância Correlatas, organizada pela ONU e sinalizou um compromisso internacional do país ante a redução das desigualdades raciais. Em 2003 foi criada a Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial – SEPPIR, com status de ministério e em 2004 foi criado o Conselho Nacional de Promoção de Igualdade Racial – CNPIR, em 2005, o governo federal instituiu o Ano Nacional de Promoção da Igualdade Racial – ANPIR.
Em 2004 o Projeto de Lei 3627 instituiu reservas de vagas para alunos negros de escolas públicas, nas universidades federais e em 2005 foi criado o PROUNI pela Lei 11096/2005 que permite Programa Universidade para Todos e que favorece os negros.
Em 2011 passou a funcionar a Universidade Federal da Integração Luso-afrobrasileiro – UNILAB.